A Polícia Federal, em uma operação recente, desvendou documentos em posse de Alexandre Ramagem, deputado do PL-RJ, que apontam para uma operação da Agência Brasileira de Informação (Abin) em comunidades do Rio de Janeiro. As áreas mencionadas são de grande interesse para grupos milicianos, segundo informações do portal Uol.
Ramagem, que já foi diretor da Abin, é a aposta do clã Bolsonaro para a prefeitura do Rio de Janeiro. No ano passado, uma reportagem de Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles, já havia exposto que o político utilizou de verba secreta da Abin para financiar informantes em comunidades cariocas dominadas pelo tráfico e desejadas por milicianos.
As informações coletadas eram repassadas aos órgãos de segurança pública carioca e usadas para informar a atuação da PM nesses locais. essa ação foi documentada na Abin como 'Plano de Operações 06/2021', de acordo com o Metrópoles. Parte dessas informações visavam uma área específica, onde milicianos tem tentado estabelecer atividades há anos.
Dentro da Abin, especulou-se que a operação tinha fins eleitorais. O plano seria colocar policiais com ligação ao bolsonarismo para trabalharem nas comunidades, favorecendo a campanha de candidatos ligados ao ex-presidente Bolsonaro.
A operação, que chegou a desembolsar R$ 1,5 milhão dos cofres públicos para financiar informantes, é considerada ilegal, pois a Abin não tem autorização legal para atuar diretamente nos estados. Além dos documentos que incriminam a operação, a PF encontrou notebooks e celulares de propriedade da Abin na residência de Ramagem.
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