Walter Braga Netto, que concorreu como vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro e posteriormente derrotada em 2022, está sob os holofotes. A Polícia Federal (PF) conseguiu acessar mensagens nada lisonjeiras trocadas entre o general e Aílton Barros durante as tentativas frustradas de golpe contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nas mensagens, Braga Netto xinga o então líder do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, chamando-o de 'cagão', ao criticá-lo por não apoiar o golpe.
Num dos trechos da conversa, Braga Netto escreve: 'Preciso admitir que o culpado pelo que está acontecendo, e irá acontecer, é o Gen FREIRE GOMES. Ele tem fracassado ao não enfrentar a situação.' Em réplica, Ailton Barros indica que eles devem continuar pressionando o General FREIRE GOMES e, se ele permanecesse resistente ao golpe de Estado, sugere: 'devemos abandoná-lo à própria sorte'. Braga Netto concorda e dispara: 'Abandona-o. Covarde'.
Ailton Barros, que já foi um militar, concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PL, partido de Bolsonaro. A Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF, teve Braga Netto como um dos alvos na manhã de quinta-feira (8).
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