A Polícia Federal deflagrou, na quinta-feira, a Operação Tempus Veritatis, mirando o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros, ex-assessores e aliados. De acordo com o G1 e GloboNews, Bolsonaro terá de entregar seu passaporte e um mandado de prisão foi emitido para seu ex-assessor Filipe Martins.
Também são alvos da operação os generais Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, o ex-ministro da Defesa Anderson Torres, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e outros aliados militares e políticos próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A operação, autorizada pelo STF, visa desarticular uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado para obter vantagem política com a manutenção de Bolsonaro no poder. Foram emitidos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.
Também são alvos de busca a equipe do chamado 'gabinete do ódio' e o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que também está citado no inquérito que investiga os presentes recebidos pelo ex-presidente.
A PF informou que as investigações identificaram a participação divisória do grupo em núcleos de atuação para disseminar a versão de fraude nas eleições presidenciais de 2022, perpetrando a insistente alegação de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação e planejando a viabilização de uma intervenção militar.
Um segundo eixo de atuação identificado pela PF inclui a prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais, num cenário politicamente sensível.
A PF indicou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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