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General Heleno deixou à mostra plano de golpe em agenda pessoal, indica PF

A PF, ao realizar uma busca e apreensão na casa do general da reserva Augusto Heleno, encontrou uma agenda onde estavam anotados detalhes de um golpe planejado em 2022, sugerindo um complô para manter Bolsonaro no poder.

Ao realizar uma busca e apreensão na residência de Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Polícia Federal descobriu uma agenda que contém anotações sobre um planejada manobra golpista esboçada em 2022, de acordo com informações do O Globo. A operação, chamada Tempus Veritatis, culminou nesta quinta-feira (8).

No referido registro, além de anotações sugerindo uma tentativa de golpe previsto para antes das eleições de 2022 visando garantir a manutenção de Bolsonaro no poder, espera-se mais evidências da participação de Heleno na articulação golpista da antiga administração.

Os investigadores afirmam que o plano golpista anotado na agenda está alinhado com outros documentos da conspiração do governo Bolsonaro, incluindo um discurso pós-golpe encontrado no escritório de Jair Bolsonaro na sede do PL.

De acordo com a PF, uma das ações sugeridas pelo ex-ministro da inteligência brasileira, incluído em suas anotações, era a redução das atribuições de Alexandre de Moraes através de um parecer da Advocacia Geral da União.

Outros documentos também foram localizados na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Torres está relacionado à elaboração de uma minuta de golpe de estado descoberta no ano anterior.

Fontes consultadas pela Revista Fórum desde dezembro de 2022 têm relatado a participação central de Augusto Heleno nas movimentações pós-eleitorais pró-golpe. Heleno também é alvo de inquérito da ABIN paralela, da qual ele é suspeito de ter incentivado o uso de agentes para interferência nas eleições recentes.

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