A Polícia Federal (PF) comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as manifestações pró-Bolsonaro, contra o resultado das eleições de 2022, que declarou a vitória de Lula, parecem ter sido organizadas não a partir de uma mobilização popular, mas sim do grupo de Jair Bolsonaro.
A revelação faz parte da decisão do ministro que justifica a operação realizada na manhã de hoje, que executou buscas em endereços do ex-presidente, seus aliados e auxiliares - inclusive com a emissão de quatro mandados de prisão.
Entre as evidências de que o 'núcleo duro' bolsonarista planejava os protestos golpistas, a PF encontrou uma conversa na qual Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, instruía Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército, a respeito de um desses atos, em 11 de novembro de 2022.
Segundo as informações da PF, Cid, quando questionado por Martins em mensagens de celular, assegurou ao militar que as Forças Armadas facilitariam os planos dos manifestantes em Brasília, sem obstáculos. Os alvos seriam o Congresso e o STF.
Quatro dias após essa conversa identificada pela PF, os bolsonaristas foram às ruas no feriado da Proclamação da República. Durante esse tempo, Cid e Martins compartilharam mensagens de convocação para o ato, as quais também circulavam por entre os demais apoiadores de Bolsonaro.
Para os investigadores, as manifestações eram um meio de mostrar apoio popular aos 'intentos criminosos'.
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