O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu estender por um período adicional de 180 dias o inquérito que investiga os agentes por trás dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Com a decisão, formalizada no dia 2 de fevereiro e publicada na segunda-feira dia 5, a investigação ganha mais tempo para ser concluída.
Um dos alvos da investigação é Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil. Conforme solicitado pela Procuradoria-Geral da República, Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito após a aparição de um vídeo publicado em 10 de janeiro de 2023, em que são propagadas informações falsas acerca do processo eleitoral.
Em justificativa à prorrogação do prazo do inquérito, Moraes mencionou 'a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes'.
No mês de agosto, o Ministro determinou que as redes sociais forneçam à PGR todas as postagens feitas nos perfis de Bolsonaro que envolvam eleições, urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral, o Supremo Tribunal Federal e as Forças Armadas.
Ao solicitar as diligências, a PGR argumentou que é necessário avaliar as ações de Bolsonaro antes e depois do dia 8 de janeiro, com o intuito de corroborar a incitação aos atos golpistas e medir a extensão do dano causado pelas informações falsas compartilhadas.
Em dezembro, a Procuradoria também forneceu ao STF um relatório técnico que comprova a recuperação do vídeo de 10 de janeiro de 2023, que havia sido deletado. No vídeo, um procurador de Mato Grosso alegava, falsamente, que Lula teria vencido as eleições devido a uma fraude no sistema de votação eletrônico.
Caso o Ministério Público Federal entenda que há elementos suficientes contra Bolsonaro, ele poderá ser denunciado ao Supremo, sob o controle de Moraes.
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