O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido para abrir uma investigação sobre a relação questionável entre a Organização Não Governamental (ONG) Transparência Internacional e os procuradores da Lava Jato em relação à criação de uma fundação para gerir montantes pagos em multas por empresas envolvidas em investigações da força-tarefa em Brasília.
Na sua decisão, Toffoli solicita que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) façam parte das investigações sobre a ONG, cuja relação com a Lava Jato tem sido aparentemente marcada por conluio. É similar ao que ocorreu em Curitiba, em que procuradores da Lava Jato tentaram utilizar uma quantidade significativa - R$ 2,5 bilhões - de um acordo com a Petrobras nos EUA, por meio da criação de uma ONG. Os membros da força-tarefa em Brasília tentaram um plano similar com a Transparência Internacional, visando desviar R$ 270 milhões provenientes do acordo de leniência da J&F, que é a holding da JBS.
Fontes apontam que essa ação questionável contou com a colaboração da Transparência Internacional, que até recebeu os R$ 270 milhões. Contudo, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, infrigiu o bloqueio desse repasse ao perceber essa manobra. Ele teria então comunicado Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, subprocuradora-geral da República, sobre o destino correto desses recursos, que seriam o Fundo de Direitos Difusos ou revertidos a favor da União.
Na conversa entre Dallagnol e Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional, documentos obtidos mostram a aproximação entre Brandão e os membros do MPF, através de ações combinadas e notas compartilhadas entre eles. Dallagnol até mesmo fez piada com sua famosa apresentação em Power Point no qual tentava centralizar Lula no esquema de corrupção.
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