O presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente destravou, nesta quarta-feira (7), a situação que permitirá o julgamento da ação que solicita a cassação do mandato do senador Sergio Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Lula tomou a decisão crucial de indicar um juiz para a vaga aberta no TRE-PR, devido ao término do mandato do desembargador Thiago Paiva dos Santos em janeiro, que estava impedindo a nomeação da data do julgamento. José Rodrigo Sade, indicado pelo presidente, é um advogado anteriormente aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ex-advogado do ex-deputado federal Deltan Dallagnol.
Apesar de ter trabalhado com uma figura próxima a Sergio Moro, Sade é visto como uma escolha imparcial para o julgamento de Moro, pois ele não é caracterizado como um entusiasta da operação Lava Jato. Antevendo a possível cassação, Moro já está se movimentando para entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na tentativa de garantir sua permanência no Senado.
Moro encarou as acusações de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em sua campanha para o Senado, apresentadas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (composto por PT, PCdoB e PV). Referindo-se ao caso como 'um grande castelo de cartas marcadas', ele pretende se posicionar como vítima no cenário.
A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná concordou com as acusações e em dezembro solicitou a cassação e a inelegibilidade de Moro e de seu suplente, Luís Felipe Cunha. A acusação também se estende à Ricardo Augusto Guerra, segundo suplente na chapa de Moro, embora preserve sua elegibilidade. Para os procuradores, a pré-candidatura de Moro à Presidência trouxe inutilmente enorme visibilidade à sua campanha para o Senado, prejudicando outros candidatos.
Deixe um Comentário!