No evento de posse do novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ocorrido nesta quinta-feira (1º/2) no Palácio do Planalto, o ex-presidente Fernando Collor protagonizou um episódio controverso ao interagir amigavelmente com ministros do Supremo Tribunal Federal, os mesmos que o condenaram à prisão em setembro passado.
Antes mesmo do início da cerimônia, Collor trocou palavras amistosas com Dias Toffoli, tendo Cármen Lúcia e Gilmar Mendes ao seu lado. Essa interação chama atenção, pois estes ministros do STF serão responsáveis por julgar o recurso do ex-presidente no plenário virtual a partir do próximo dia 9/2.
No julgamento que resultou na condenação de Collor a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Toffoli e Gilmar estiveram entre os quatro ministros que sugeriram uma pena ligeiramente inferior, fixada em 8 anos e 6 meses.
Além do encontro com os ministros do Supremo, Collor também participou de uma roda de conversa com Flávio Dino, futuro ministro da Corte, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o ex-presidente José Sarney, a quem sucedeu na Presidência da República. Na cerimônia de posse, o alagoano ocupará lugar ao lado de Sarney.
Collor não foi o único representante do campo bolsonarista no evento, contando com a presença do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do deputado federal Otoni de Paula, do MDB do Rio. Otoni, réu no STF por difamação, injúria e coação em ataques ao ministro Alexandre de Moraes em lives na internet, também marcou presença.
Este encontro singular no Palácio do Planalto promete gerar discussões sobre as relações entre os poderes e intensificar a polarização no cenário político nacional.
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