A Transparência Internacional, uma organização não governamental conhecida por sua atuação global na luta contra a corrupção, tem alimentado o antipetismo por meio de atos de parcialidade. Em 2016, uma foto foi publicada em sua conta oficial no antigo Twitter (agora conhecido como X) retratando uma de suas diretoras, Elena Panfilova, sorrindo ao lado de um boneco inflável retratando o ex-presidente Lula em um uniforme de prisão. Essa imagem foi criada pela extrema direita brasileira num momento em que as narrativas da operação Lava Jato, que mais tarde seriam refutadas, eram muito presentes no cenário político brasileiro.
Atualmente, um pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Dias Toffoli, para abrir uma investigação sobre as possíveis relações obscuras entre a Transparência Internacional e os procuradores da Lava Jato, que estiveram envolvidos na criação de uma fundação para gerir recursos oriundos de multas aplicadas a empresas investigadas pela força-tarefa em Brasília.
Este pedido foi feito com o intuito de envolver o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) na investigação sobre a ONG. A suspeita é que houve um conluio entre a organização e a Lava Jato, semelhante ao que aconteceu em Curitiba. No caso curitibano, procuradores da Lava Jato tentaram criar uma ONG para arrecadar R$ 2,5 bilhões de um acordo feito com a Petrobras nos Estados Unidos.
A Transparência Internacional teria oferecido auxílio em uma manobra similar em Brasília, desta vez com o objetivo de arrecadar R$ 270 milhões do acordo de leniência da J&F, holding da gigante dos alimentos JBS. No entanto, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que constatou a manobra, bloqueou o repasse de fundos para a organização internacional.
Conforme notificado por Aras à subprocuradora-geral da República, Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, os recursos deveriam ter sido direcionados ao Fundo de Direitos Difusos ou revertidos em favor da União. Nesta notificação, Aras menciona a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que proibiu a criação de uma ONG pela Lava Jato em Curitiba, popularmente conhecida como 'Fundação Dallagnol'.
Os procuradores da Lava Jato em Brasília tinham planos similares de criar uma campanha educativa para 'controlar a corrupção social' através da Transparência Internacional. Apesar de arrecadar R$ 10,3 bilhões do acordo geral, a força-tarefa desejava destinar R$ 2,3 bilhões para ações publicitárias.
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