José Eduardo de Oliveira e Silva, um padre bolsonarista da Grande São Paulo, é um dos alvos da operação Tempus Veritatis, desencadeada pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (8), contra os supostos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma tentativa de golpe.
O padre foi mencionado na decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, como parte do núcleo jurídico que supostamente preparou 'minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária' em favor do golpe.
Além do mandado de busca, o padre foi intimado a cumprir uma série de medidas cautelares, incluindo a proibição de contato com outros investigados, e de sair do país, sendo exigida a entrega de todos os passaportes (nacionais e estrangeiros) no prazo de 24 horas.
Os documentos de Moraes também citam outros suspeitos, incluindo Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro; Amauri Feres Saad, advogado citado como o 'mentor intelectual' de uma minuta de golpe encontrada com Torres, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
As investigações revelaram que o padre participou de uma reunião em 19 de novembro de 2022, com Filipe Martins e Amauri Feres Saad. O nome de Silva está registrado como visitante do Palácio do Planalto.
A decisão de Moraes indica que 'José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigadas em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas'.
Diante dos fatos, a arquidiocese de Osasco afirmou ao G1 que irá investigar as acusações antes de fazer qualquer pronunciamento. (Fonte: G1)
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