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PF e a artimanha do golpe: a internet explode em reações

O instituto Quaest computou uma estrondosa repercussão da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus cúmplices, totalizando 607 mil menções e afetando mais de 56 milhões de contas nas redes sociais.

A ação revolucionária da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, o ex-presidente, e seus parceiros golpistas, causou um terremoto nas mídias sociais, com estatísticas compiladas pelo Instituto Quaest sugerindo uma resposta massiva dos usuários da internet. Liderado por Felipe Nunes, um acadêmico respeitado da UFMG, o Instituto registrou os dados de engajamento online em relação ao esquema de golpe orquestrado por Bolsonaro e seus aliados para impedir o ingresso do presidente Lula na posição de poder.

A magnitude da reação só foi superada por uma ocasião, especificamente o incidente em 8 de janeiro de 2023, envolvendo uma inaceitável profanação dos prédios que abrigam os três ramos do governo em Brasília. Na época, as postagens na internet atingiram 2,2 milhões, com um alcance estimado de 80 milhões de contas. Esse episódio isolado ofuscou a reação engatilhada pela recente operação da PF, que conseguiu chamar a atenção de 56 milhões de contas através de 607 mil menções.

Considerando a infame carreira de Bolsonaro, não é surpreendente que esta não seja a primeira vez que ele seja o assunto de um escândalo. Casos anteriores envolvendo espionagem pela Abin, um farsante cartão de vacina, joias de origem questionável vindas da Arábia Saudita e até uma delação bombástica por parte de Mauro Cid permearam as discussões online. Neste último incidente, das 607 mil postagens analisadas pela Quaest, 58% destilavam críticas a Bolsonaro, enquanto 42% eram em sua defesa. Das 6h às 9h, o dia da operação viu uma divisão igual entre os posts criticando e apoiando Bolsonaro, mas este equilíbrio mudou dramaticamente a favor dos críticos após a apreensão do passaporte de Bolsonaro.

Nunes sintetizou esse fenômeno da seguinte maneira:

'A direita reúne argumentos para construir uma narrativa de perseguição política contra a oposição e contra Bolsonaro. O principal alvo das críticas é Alexandre de Moraes. A esquerda festeja e comemora! Piadas e deboches de cunho revanchista sobre a investigação a Bolsonaro e aliados militares são elementos que se destacam'.

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