BOLSONARISMO BRASIL CORRUPÇÃO CRIME DE RICO DESTAQUES POLÍTICA SEGURANÇA PÚBLICA

Ramagem é pego com material sigiloso da Abin em casa

Após deixar o cargo na agência, o deputado Alexandre Ramagem (PL) foi flagrado mantendo registros de uma operação da Aginck de forma irregular. A Polícia Federal encontrou o material durantes a operação do dia 25 de janeiro.

A casa do deputado Alexandre Ramagem (PL) foi palco de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, realizada no dia 25 de janeiro, onde foram encontrados documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo informações do UOL divulgadas no dia 6.

Estes registros que trazem informações sobre uma operação sigilosa da Abin estavam indatados e foram mascarados. Segundo regras da Abin, Ramagem, que já foi diretor da organização, não deveria ter esse material guardado após sua saída. Essa normativa se aplica também para o notebook e celulares da Abin encontrados em sua residência.

O deputado pode ser responsabilizado criminalmente ou administrativamente por ter esses itens em sua posse. A irregularidade pode configurar violação do sigilo profissional, desde que seja provado que houve entrega dessas informações sigilosas para outras pessoas.

Este é exatamente o motivo que coloca Ramagem como alvo de investigação da PF. Há suspeitas de operação de uma 'Abin paralela' na época em que Ramagem era diretor da agência. Acredita-se que esse grupo, montado em sua gestão, estivesse monitorando de forma ilegal opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo ministros do STF, senadores e deputados.

Supostamente, esses mesmos agentes estariam auxiliando os filhos do ex-presidente em acusações de 'rachadinha'. Isso fortalece as suspeitas de vazamento de informações sigilosas para membros da família Bolsonaro e seus aliados mais próximos.

Outra acusação que paira sobre Ramagem é de desvio de função da Abin durante sua gestão. Segundo o site Metrópoles, um 'Plano de Operações 06/2021' mostraria que houve pagamento para informantes em comunidades do Rio de Janeiro. Com um custo de 1,5 milhão de reais, Ramagem teria usado informantes de maneira irregular em áreas de interesse de milicianos. A operação seria ilegal, pois teria ido além da área de competência da Abin, cujo foco é a segurança nacional e não a pública estadual.

Cabe ressaltar que Ramagem não deu qualquer pronunciamento a respeito dos documentos encontrados em sua casa. A polícia agora busca determinar a data desses registros e entender o porquê deles estarem com o ex-diretor da Abin.

Deixe um Comentário!

Para comentar, faça Login, clicando aqui.