Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), elaborou que irá comparecer ao inquérito no final de fevereiro que busca esclarecer a alegação de uma 'Abin Paralela'. Ramagem mostra seu descontentamento por ser convocado um mês depois das pesquisas realizadas pela Polícia Federal. Ele também nega veementemente qualquer requerimento feito por Carlos Bolsonaro, apesar de considerá-lo um colega.
Afirmou ainda que Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, assessora de Carlos Bolsonaro, fez um pedido para fornecer números de inquéritos que possivelmente envolvem o ex-presidente e seus filhos. Ramagem repreendeu a assessora chamando-a de 'ignorante' e afirma que não respondeu sua mensagem.
A circulação das investigações em torno do ex-presidente é umas das principais inquietações do círculo íntimo de Bolsonaro. A atual tática tem sido empurrar a culpa de uma possível Abin Paralela para o general Augusto Heleno, que foi convocado a prestar depoimento e descrever seu relacionamento com Ramagem.
De acordo com as palavras de Ramagem, ele despachava diretamente com o ex-presidente Bolsonaro e o general Heleno, daí surge a crença de que, se Heleno utilizar isso como argumento de defesa, apenas reafirmará a realidade que existia. Ramagem mantinha um contato freqüente, quase diário, com Bolsonaro e Heleno: 'Ele era meu chefe direto'.
Deixe um Comentário!