O presidente Lula da Silva deu posse nesta quinta-feira (1º de fevereiro de 2024) ao novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que enfatizou em seu discurso inaugural que a segurança pública será a tônica de seu mandato. “‘É nosso dever e o povo brasileiro espera que o Ministério da Justiça preste uma atenção especial à segurança pública, que junto com a saúde é uma grande preocupação para os cidadãos”, disse o ministro.
Em seu discurso de quase meia hora, Lewandowski vinculou a questão da segurança pública aos problemas sociais e afirmou que a luta contra a violência deve ir além do constante e vigoroso policiamento. Este acredita que a violência e a criminalidade presentes na atual sociedade são problemas novos, que são alimentados pela exclusão social, pobreza, desemprego, falta de saneamento, saúde, lazer, moradia, etc., que ainda persistem no país apesar dos esforços do presidente Lula da Silva e sua equipe.
O novo ministro pontuou o crime organizado como um dos principais desafios e afirma que 'não existem soluções fáceis' para ele. Ele criticou as propostas de aumento de pena e encarceramento em massa.
Lewandowski elogiou o trabalho de Flávio Dino no combate ao crime organizado e declarou que pretende ampliar o sistema de inteligência do Ministério da Justiça durante sua gestão.
“A pasta vai aprofundar os esforços de centralização de dados de inteligência coletados pela PF, PRF, Forças Armadas, polícias civis e militares dos estados, pelas guardas civis municipais, agentes penitenciários, pelo Ministério Público e outros órgãos e entidades que possam contribuir para a identificação de líderes criminosos. Rastreando e bloqueando transações financeiras”, anunciou.
Lewandowski agora ocupa a vaga deixada por Flávio Dino, futuro ministro do STF. O perfil do agora ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mostra que desde que se aposentou, ingressou no TRP (Tribunal Permanente de Revisão) do Mercosul e no Conselho Jurídico da CNI. Em janeiro deste ano, assumiu a presidência do TRP. Contudo, ele deixou esses cargos ao receber o convite de Lula para chefiar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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