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Sétima vítima da Operação Escudo é executada na Baixada Santista incentivada por Bolsonaro

A recente morte ocorreu no Morro São Bento, em Santos, onde um homem de 28 anos foi morto numa ação da polícia; cinco pessoas foram presas durante a operação

Um homem de 28 anos foi morto a tiros por dois policiais militares da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), enquanto estava em um carro de aplicativo, perto do Morro São Bento, em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), esta é a sétima morte na nova fase da Operação Escudo que está sendo realizada na Baixada Santista. Cinco pessoas foram presas durante a ação.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), três policiais da Rota estavam participando de uma operação na Na Baixada Santista, na noite de domingo (4). Por volta das 23h30, eles receberam informações de que um suspeito de ser traficante no Morro São Bento estava em um carro próximo ao túnel Rubens Ferreira Martins.

Eles se dirigiram ao local e localizaram o veículo na Rua Dr. Gastão Vidigal. A viatura seguiu o carro até a entrada do morro, na Rua São Cristóvão, onde os agentes solicitaram a parada do veículo. Segundo o BO, o motorista do aplicativo atendeu à ordem e desceu do carro, porém, o passageiro apontou uma arma para os policiais. Dois PMs reagiram e dispararam com fuzis. Um deles disparou cinco vezes e o outro, duas vezes.

A polícia encontrou uma pistola com seis munições intactas no colo do suspeito. Além disso, uma janela de uma residência também foi alvejada durante a ação. O motorista do aplicativo afirmou que o suspeito solicitou uma corrida para buscar uma mulher, mas mudou de ideia ao avistar a viatura policial e ordenou que o motorista retornasse ao morro.

A polícia não encontrou objetos ilícitos com o condutor. O Instituto de Criminalística (IC) foi acionado para realizar um exame no local e um teste de resíduos nos envolvidos. As armas foram apreendidas.

A Prefeitura de Santos informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou socorro ao homem, que foi levado à UPA Zona Noroeste, mas acabou falecendo. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e encaminhado ao 1º Distrito Policial (DP) de Santos.

No sábado (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve em Santos para tentar ganhar politicamente com o enterro do PM da Rota Samuel Wesley Cosmo, que foi morto durante uma ação na favela da cidade. Durante a cerimônia, Bolsonaro esteve ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e mostrou certo desconforto.

Desde então, Bolsonaro tem tentado politizar a morte do PM da Rota, defendendo a execução de uma operação de vingança na favela onde ocorreu o assassinato. 'A Rota já começou a operar na Baixada?' questionou, durante um encontro com apoiadores de Mambucada. Em seguida, defendeu que a Rota 'mate mais uns 40 lá', se referindo à morte durante uma operação realizada no ano passado, após a morte de outro policial no Guarujá.

A Operação Escudo foi retomada na Baixada Santista após a morte do PM Marcelo Augusto da Silva, na Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão. A morte do PM da Rota, Samuel Wesley Cosmo, na última sexta-feira, intensificou as ações policiais na região, com o objetivo de localizar e prender os envolvidos na sua morte.

A Operação possui o mesmo nome da ação que resultou na morte de 28 pessoas em Guarujá, após a morte do PM Patrick Bastos Reis, em julho de 2023. Segundo a SSP, além do passageiro do veículo de aplicativo morto em Santos, mais seis mortes em 'confrontos' com a polícia foram registradas durante a operação na Baixada Santista. Cinco pessoas foram presas.

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