Nesta quinta-feira, com o início do ano judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode vir a julgar ainda este mês um pedido de prisão contra o ex-deputado federal bolsonarista Marcos Antonio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão (PL-SC). O ministro Dias Toffoli será o responsável por relatar o caso.
Zé Trovão, que se estabeleceu como a figura principal dos caminhoneiros bolsonaristas e protagonista em atos antidemocráticos em 2022, está sendo acusado pela sua ex-esposa, Jéssica Veiga, de violência doméstica. Essa não é a primeira vez que o ex-parlamentar enfrenta tais acusações.
Em 2023, depois de alegações de agressão física e ameaças de Zé Trovão, a Justiça de Santa Catarina determinou que o bolsonarista deveria manter uma distância mínima de 300 metros de sua ex-companheira e se abster de qualquer forma de contato com a mesma. Porém, parece que o ex-deputado descumpriu a decisão judicial e tentou entrar em contato com a ex-esposa. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a mulher ainda está sendo vítima de violência psicológica e moral pelo ex-parceiro.
Desse modo, o MP-SC agiu, exigindo a prisão de Zé Trovão por meio do STF, tendo em vista que ele, nessa qualidade de deputado federal, possui foro privilegiado.
Outra acusação de violência doméstica corrobora o pedido de prisão. Ana Rosa Schuster, outra ex-noiva de Zé Trovão, ativou a Lei Maria da Penha contra o ex-deputado, que nega veementemente as duas acusações.
Um líder notório do movimento de caminhoneiros bolsonaristas, Zé Trovão foi eleito para a Câmara dos Deputados em 2018 com mais de 70 mil votos. Ele é conhecido por defender ideias antidemocráticas e está sob investigação no inquérito dos atos antidemocráticos. Em outubro de 2021, ele foi preso por desrespeitar ordens judiciais.
Antes de ser preso, Zé Trovão fugiu do Brasil e permaneceu foragido por cerca de dois meses. Após esse período, ele se entregou à Polícia e foi liberado sob a condição de usar tornozeleira eletrônica.
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