A deputada Tabata Amaral, do PSB, enviou um ofício à Controladoria-Geral da gestão do prefeito Ricardo Nunes, solicitando uma análise minuciosa do contrato de coleta de lixo e varrição em São Paulo, orçado em impressionantes R$ 10 bilhões para cinco anos de serviços. A atitude enérgica de Tabata surge em meio a alegações de um possível sobrepreço de R$ 2,9 bilhões, revelado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
O ofício, enviado na última segunda-feira (29/1), destaca preocupações específicas levantadas pela deputada. Uma delas é o aumento questionável de R$ 42,7 milhões devido à alteração no número de sacos plásticos utilizados por varredor, passando de 10 para 15, em relação ao contrato anterior. Além disso, Tabata destaca a perplexidade diante da diminuição da velocidade média da varrição mecanizada, de 10km/h para 8 km/h, o que acarretaria em um aumento de R$ 59,4 milhões na licitação
No ofício, a deputada ressalta a importância da atuação da Controladoria para esclarecer as razões por trás dos valores expressivos na modelagem do contrato, especialmente quando comparados a contratos anteriores. Tabata Amaral solicita uma investigação detalhada sobre quem elaborou o contrato e as possíveis razões para o sobrepreço destacado.
Em resposta, a Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio de nota, que recebeu o ofício e o encaminhou para "providências cabíveis". A nota também destaca que o TCM realiza auditorias rotineiras nos contratos, compartilhando os resultados com a Controladoria-Geral para eventuais apurações pertinentes. A ação de Tabata Amaral sinaliza um novo capítulo nas investigações sobre contratos públicos em São Paulo, em um contexto eleitoral significativo.
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