A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizou uma pesquisa inovadora, onde criou uma plataforma de imunização contra variantes da Covid-19. Esta tecnologia é baseada em DNA encapsulado em nanopartículas lipídicas e já provou sua eficácia na inoculação de animais. Atualmente, o método está sendo adaptado para atuar contra outras doenças, como a chikungunya.
No que diz respeito à Covid-19, a principal inovação é a produção de uma vacina de DNA, que de acordo com Pedro Pires Goulart Guimarães, professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, possui maior estabilidade e custo menor comparado às vacinas de RNA, como as produzidas por Pfizer e Moderna.
Durante a pesquisa, diferentes formulações de nanopartículas foram desenvolvidas com o objetivo de garantir uma imunização eficaz. Os testes pré-clínicos foram realizados em hamsters e camundongos, que receberam duas doses da vacina, com um intervalo de 21 dias entre as aplicações. Os resultados positivos do experimento foram publicados na revista Nature Communications de janeiro.
Ainda não há uma previsão concreta para os testes da vacina em seres humanos, pois ainda são necessários mais pesquisas e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Após os resultados satisfatórios da vacina contra Covid-19, os pesquisadores da UFMG estão se voltando para um novo desafio: a chikungunya. A plataforma de nanopartículas lipídicas pode ser crucial para desenvolver uma vacina contra essa e outras doenças, acelerando o processo de criação e diminuindo custos.
Já existem testes com a vacina para chikungunya em animais e espera-se concluir esta fase da pesquisa ainda este ano.
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