Um dos primeiros vacinados contra a dengue na rede pública nacional foi o estudante Felipe Seraine, de 11 anos. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) 01 do Cruzeiro, área central de Brasília, ele recebeu a sua dose. Mesmo nunca tendo contraído dengue, Felipe notou que sua mãe já foi infectada trêz vezes - ela ainda se recupera do último contágio. “Não me arrependo de ter me vacinado. É para não morrer, certo? O mosquito é letal. Já tivemos 12 mortes [no Distrito Federal este ano]. É necessário se proteger da dengue.” disse o garoto.
Segundo a mãe do Felipe, Helena Seraine, sua terceira infecção por dengue ocorreu recentemente. “Parece que virei um para-raio”, brincou. “Dessa vez, foi mais leve que as outras porque não tive febre. Mas o corpo parece que foi atropelado por um caminhão. Fazer qualquer coisa é difícil. Essa semana, nem estávamos saindo de casa. Saí apenas para trazer o Felipe.”
Helena Cunha, outra estudante de 10 anos, também foi vacinada nesta sexta-feira (9). “A vacina é tranquila. As vacinas nos protegem de diversas doenças que podem afetar nosso corpo”, disse orgulhosa.
Já o estudante Ruan Guilherme Barbosa, de 11 anos, disse que estava tranquilo ao receber a dose. “Doeu tipo formiga de fogo. Aconselho meus colegas a virem. Temos que nos prevenir. É muito importante se vacinar.”
A vacinação contra a dengue para crianças de 10 e 11 anos já está disponível pela rede pública do Distrito Federal. Além das vacinas, o Distrito Federal também planeja aumentar o número de tendas de acolhimento para pacientes com suspeita de dengue de nove para 18, para atender melhor à população infectada e aliviar a pressão dos hospitais públicos.
Ao todo, 521 municípios foram escolhidos pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação nas redes públicas. Estas cidades fazem parte de um total de 37 regiões de saúde que, atualmente, são consideradas endêmicas para a doença.
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