Respondendo aos apelos da comunidade feminina do futebol, a Fifa realizou debates intensos com a presença de jogadoras e autoridades do esporte, culminando em um conjunto de reformas significativas no estatuto e nas regras de transferência que terão efeito a partir do primeiro dia do mês de junho.
Decidido pelo Conselho da Fifa em maio de 2024, também foram incorporados nos direitos e medidas protetivas trabalhistas os pais adotivos e as mães não biológicas. Além disso, será observada a complexa realidade das jogadoras em relação à saúde menstrual e às complicações médicas das gestações. Outro avanço significativo é a permissão para as atletas manterem contato com seus familiares durante viagens internacionais.
Segundo Sarai Bareman, diretora executiva de futebol feminino da Fifa, as novas regras foram projetadas com o entendimento de que as jogadoras são protagonistas essenciais no futebol. Ela ressaltou que 'é crucial proteger as pessoas afetadas pelo ciclo menstrual a fim de não comprometer sua carreira no clube e, em última análise, sua capacidade de obter renda'.
Bareman também destacou os benefícios da mudança que incentiva mais contato familiar entre as jogadoras das seleções nacionais. 'Em uma Copa do Mundo Feminina, (uma jogadora) pode potencialmente ficar longe de sua família por cinco ou seis semanas e isso pode ter um enorme impacto na família', argumentou a diretora executiva da Fifa.
As novas medidas foram bem recebidas por figuras como Fatmire Alushi, ex-jogadora da seleção alemã e vencedora da Copa do Mundo Feminina de 2007. Como mãe de quatro filhos, ela agradeceu ao 'envolvimento da FIFA na proteção das mulheres grávidas para que elas possam se sentir bem, aproveitar a gravidez e receber apoio durante e após a gravidez'.
Os gestores envolvidos na administração do futebol profissional global concordam que a Fifa tem o dever de ouvir e atender às necessidades dos atletas, adaptando seus regulamentos à dinâmica em constante mudança do esporte. 'Para que o jogo continue a prosperar, é absolutamente crítico que tenhamos uma abordagem holística ao bem-estar dos jogadores, incluindo aspectos legais', afirmou Emilio García Silvero, Diretor Jurídico e de Conformidade da Fifa.
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