Apoiadores de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, estão tramando motins e rebeliões em resposta à sua recente condenação no caso do pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels, conforme divulgado pela agência de notícias Reuters sexta-feira, 31. As falsificações de registros comerciais, que Trump executou para ocultar essas transações e proteger sua campanha durante as eleições presidenciais de 2016, foram o motivo da acusação.
Trump foi considerado culpado por unanimidade, em todas as 34 acusações feitas contra ele pelo Ministério Público de Nova York. A maquiagem financeira foi uma tentativa de evitar a 'má publicidade' durante sua campanha eleitoral em 2016, como seu suposto relacionamento extramarital com Daniels anos antes. Assim, o ex-chefe de estado tornou-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a ser condenado por um crime, esteja no poder ou não.
Em retaliação à decisão judicial, os apoiadores de Trump estão convocando violentos protestos usando três plataformas: Truth Social, uma rede social de propriedade de Trump; Patriots.Win, um site que reúne defensores do ex-presidente; e The Gateway Pundit (TGP), um portal de notícias de extrema direita. Eles estão perpetuando a narrativa de que o julgamento foi 'injusto e tendencioso', obra de influência da Casa Branca para impedi-lo de concorrer nas eleições deste ano contra o atual presidente, Joe Biden. Além de disparar contra os democratas, eles atacaram o juiz Juan Merchan, de Nova York, que presidiu o caso.
Trump saiu do tribunal de Nova York, onde foi julgado, chamando a decisão de uma 'desgraça', que fazia parte do suposto plano da 'administração Biden para ferir ou prejudicar um oponente'. Além disso, Trump diz que o julgamento foi 'fraudulento', que o 'país foi para o inferno' e ainda acrescentou: 'Sou um homem muito inocente'. Essas alegações incitam ainda mais os defensores de Trump, que já estão disseminando teorias da conspiração.
Resumindo, o julgamento deriva da descoberta de um suposto esquema ilegal durante a campanha presidencial de 2016, projetado para blindar Trump de 'más publicidade' e preservar sua imagem aos olhos do eleitorado. O esquema envolvia subornos para a manutenção do silêncio sobre um caso amoroso que teria ocorrido uma década antes com Stormy Daniels, justo após seu casamento com Melania.
De acordo com a acusação, Trump e sua equipe optaram por oferecer à Daniels US$ 130 mil (cerca de R$ 460 mil na cotação da época) para comprar seu silêncio sobre o caso. O acordo foi firmado apenas doze dias antes da eleição. Contudo, o pagamento foi feito por meio de um intermediário, Michael Cohen, um advogado leal a Trump, que transferiu o montante por meio de uma empresa fictícia. A transferência foi registrada erroneamente como 'despesas legais' com o advogado, Cohen, caracterizando crime.
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