O chefe da Procuradoria Geral da República, Paulo Gonet, declarou que há sinais de que os dois indivíduos detidos na sexta-feira, por disseminar ameaças aos familiares do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, estavam vigiando as atividades das vítimas. A situação é tão alarmante que, segundo Gonet, a liberdade dessas pessoas representa uma ameaça à manutenção da ordem pública.
No pedido de prisão preventiva e busca e apreensão contra Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Junior, que foram autorizados por Moraes e executados pela Polícia Federal no Rio de Janeiro e São Paulo, a PGR ressaltou a 'gravidade das ameaças divulgadas' e a 'natureza violenta' das mesmas.
Paulo Gonet, em seu pedido, enfatizou que a ação é 'proporcional, considerando o risco concreto à integridade física e emocional das vítimas'.
Moraes, por sua vez, confirmou em uma nota que ordenou as ações cautelares durante a investigação da PF por 'vários crimes punidos com reclusão', com destaque para o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito - os dois detidos são investigados por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Gonet afirma que o conteúdo das mensagens, mencionando 'comunismo' e 'antipatriotismo', claramente mostra a intenção de restringir o livre exercício da função judiciária de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por meio de graves ameaças aos seus familiares - Moraes lidera as investigações relacionadas aos atos que resultaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8 de janeiro de 2023.
O próprio Moraes marcou a audiência de custódia dos detidos para a tarde desta sexta-feira, às 17h e às 17h30.
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