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Ataque hacker desestabiliza nove ministérios: PF e Abin em ação

Após dois dias do ciberataque, esforços do governo Lula são voltados para a normalização do Sistema Eletrônico de Informação.

O Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do governo federal ainda se recupera das instabilidades ocasionadas pelo ataque hacker ocorrido dois dias atrás. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, encarregado pela manutenção da plataforma, informou a situação nesta quinta-feira, dia 25.

De acordo com o Ministério, suas equipes continuam concentradas em normalizar o funcionamento do SEI Multiórgãos nos nove ministérios afetados. A plataforma, que integra processos administrativos de tais pastas, além do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Casa da Moeda, não apresentou problema em outros 150 órgãos que a utilizam.

Na última terça-feira, 23, uma invasão cibernética afetou o SEI, desativando o Tramita GOV.BR, uma rede de acesso exclusivo do governo onde circulam os documentos digitalizados referentes a processos em diversos órgãos federais. O ataque só veio a público no dia seguinte, quando o Ministério da Gestão relatou a ocorrência de um “incidente de segurança cibernética” no sistema.

Houve a confirmação, na manhã de hoje, de que o Tramita GOV BR teve o seu funcionamento retomado na noite de ontem e que nenhum serviço prestado à população foi afetado pelo ataque hacker. Agora, tanto a Polícia Federal quanto a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) concentram esforços em investigar as origens da invasão.

Vale lembrar que não é a primeira vez que o governo federal é alvo de cibercriminosos. Em abril, por exemplo, uma transgressão de segurança no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), responsável pelos pagamentos feitos pela União, resultou no desvio de 3,5 milhões de reais dos cofres públicos.

Ademais, no início da gestão do presidente Lula, em janeiro de 2023, o sistema digital do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi invadido pelo hacker Walter Delgatti Neto a mando da deputada federal Carla Zambelli. Na ocasião, Delgatti inseriu na plataforma um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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