A parlamentar Talíria Petrone, que concorre à prefeitura de Niterói pelo PSOL, enfrentou comentários racistas em uma postagem do Instagram sobre a oficialização de sua candidatura pelo partido e levou o caso ao Ministério Público Federal (MPF) para investigação. Insultos como 'monkey' (macaco em inglês) e 'cão', além de agressões relacionadas ao seu cabelo foram enviados a ela.
Em um vídeo, Talíria declarou: 'Agora é oficial! Eu sou candidata a prefeita de Niterói e quero dizer que não vim a passeio. Sou candidata para ser a primeira mulher a governar Niterói e melhorar a vida de cada um e cada uma. Vamos juntos!’.
A vítima dessas ofensas também procurou o SaferNet, plataforma focada no enfrentamento a crimes na internet. 'Preconceito, racismo e misoginia não passarão. Não nos calarão e não nos intimidarão. Somos vítimas constantes de violência até dentro do parlamento. Desde quando ingressei na política, recebi várias ameaças de morte das milícias e de grupos de ódio. Hoje sou protegida por carro blindado e escolta 24 horas', revela Talíria, que ocupa a primeira vice-presidência da Bancada Negra do Congresso.
A parlamentar relata que essa não foi a primeira vez que sofreu discriminação racial no ambiente político. Segundo ela, já foi barrada mais de uma vez ao tentar entrar na Câmara devido à sua aparência.
Em Niterói, Talíria disputará a prefeitura com o ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL), um bolsonarista notório.
No Rio, um incidente de racismo tem ganhado destaque. Recentemente, um casal foi filmado imitando macacos durante a roda de samba Pede Teresa, na Praça Tiradentes, na área central. A mulher supostamente é da Argentina e o homem do Rio de Janeiro. A Polícia Civil está investigando o caso atualmente.
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