O dólar iniciou em alta na quinta-feira (25) com os investidores atentos aos novos dados da atividade econômica dos Estados Unidos e ainda alerta sobre os desdobramentos fiscais no Brasil.
De acordo com analistas, a decepção com os resultados da temporada de balanços corporativos em Wall Street tem impactado negativamente os ativos e essa tendência pode continuar nesta quinta-feira. Além disso, o futuro da taxa de juros dos EUA, definida pelo Federal Reserve (Fed), ainda suscita dúvidas nos mercados.
Para os negócios nesta quinta-feira, os investidores estão reavaliando a prévia da inflação oficial do Brasil.
Aos 9 minutos e 1 segundo do pregão, o dólar estava em alta de 0,53%, cotado em R$ 5,6864. Ontem, fechou com alta de 1,27% em R$ 5,6566.
Além disso, hoje haverá a divulgação de mais indicadores econômicos nos EUA, como o Produto Interno Bruto (PIB) e novos dados do mercado de trabalho.
Um relatório do Departamento de Comércio dos EUA sugere um acelerado crescimento da maior economia mundial no segundo trimestre de 2021, impulsionado pelo forte consumo e formação de estoques. No entanto, o ritmo de expansão deve manter as expectativas de uma redução na taxa de juros pelo Fed em setembro.
No Brasil, o foco está na divulgação do IPCA-15, a prévia da inflação oficial, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador registrou um aumento de 0,30% em julho, acima das expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,23%.
Com um acréscimo de 4,45% em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% no ano até agora. Destaque para o grupo de Transportes, que registrou aumento de 1,12% no mês, sendo 0,23 ponto percentual (p.p.) do índice geral. Em julho a gasolina valorizou 1,43% e a passagem aérea subiu 19,21%, juntas, contribuíram com 0,19 p.p. no índice.
A tensão na China também permanece no radar dos investidores, em meio a preocupações com os problemas econômicos do país, após o banco central ter realizado uma operação de empréstimo não programada com taxas mais baixas, indicando tentativas de estímulo monetário para sustentar a economia.
Por último, os investidores estão observando a temporada de balanços corporativos. Ontem, os baixos lucros da Tesla e da Alphabet minaram a confiança do mercado no setor de tecnologia, causando uma venda massiva de posições e trazendo um dia bastante negativo para os mercados em Wall Street.
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