O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, faz manchetes nesta semana após ser indiciado em investigações relacionadas a alegações de envolvimento em esquemas fraudulentos em programas assistenciais enquanto ocupava cargos de vereador e vice-governador.
Os advogados de Castro apresentaram um pedido ao STJ apontando que o governador não teve a chance de ser ouvido durante as investigações. Além disso, eles denunciam a ocorrência de vazamentos na imprensa de procedimentos que deveriam ser confidenciais e questionam que a defesa não foi informada sobre a finalização das investigações.
O processo é tratado em sigilo pelo STJ, tendo o ministro Raúl Araujo como relator. A defesa de Castro é composta por Daniel Bialski, Bruno Garcia Borragine, Luis Felipe D’Alóia, Bruna Luppi L. Moraes e André Bialski.
De acordo com os argumentos da defesa, a forma com que a Polícia Federal conduziu as investigações, por não ter ouvido o governador, mas ter dado voz a opositores em outros procedimentos, evidencia um 'viés arbitrário e político' no caso contra Castro.
Eles também afirmam que a investigação é fundamentada exclusivamente em uma delação premiada negociada de maneira questionável com o Ministério Público do Rio. O delator, Marcus Vinícius de Azevedo, ex-assessor de Castro na Câmara de Vereadores do Rio, relatou possíveis repasses de propina ao político durante os mandatos de Castro como vereador e vice-governador.
A Polícia Federal alega que as irregularidades foram ocorridas durante a implementação dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel. De acordo com as investigações, a organização criminosa tinha como objetivo penetrar nos setores públicos assistenciais sociais do estado para obter vantagem financeira.
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