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Descoberta impressionante no sul do Brasil: Chuva revela fóssil de dinossauro!

Após fortes chuvas no Rio Grande do Sul em maio, um fóssil quase completo de um dinossauro do grupo Herrerasauridae, datado de cerca de 233 milhões de anos, foi descoberto no local de fossilíferos de São João do Polêsine.

O impressionante achado foi feito por pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A análise do fóssil indica que pertence a um dinossauro carnívoro com cerca de 2,5 metros de comprimento.

De acordo com o paleontólogo da UFSM, Rodrigo Temp Müller, responsável pela equipe do Cappa, essa descoberta é a segunda mais completa de seu tipo no mundo e oferece muitos insights sobre a origem dos dinossauros. Entretanto, ele ressalta que ainda não é possível confirmar se este é de uma espécie conhecida ou nova, pois uma análise mais detalhada é necessária.

O paleontólogo da Universidade Regional do Cariri (URCA), Álamo Feitosa Saraiva, reitera a relevância deste fóssil para a pesquisa científica. Segundo ele, os espécimes dessa era são bastante raros, o que torna a descoberta ainda mais valiosa para entender a evolução dos dinossauros.

A região onde o fóssil foi descoberto é conhecida por suas características únicas que favorecem a preservação de rochas sedimentares. Além disso, a erosão causada pelas chuvas também contribui para a revelação desses fósseis, embora possa danificá-los concomitantemente.

Para evitar danos a esses preciosos artefatos, o Cappa monitora de perto a região, um esforço que foi intensificado durante as chuvas intensas. Entretanto, o paleontólogo Rodrigo Müller enfatiza que é provável que alguns materiais menores tenham sido perdidos para a erosão. Ainda assim, a descoberta desta peça importante do quebra-cabeças paleontológico causa entusiasmo na comunidade científica.

No contexto mais amplo, o trabalho de preservação e repatriação de fósseis brasileiros é levado muito a sério, com o paleontólogo Álamo Feitosa Saraiva se dedicando intensamente a esta causa desde 2014. Ele compartilha que no ano passado, a repatriação de dois fósseis foi crucial para o Brasil. Mesmo sendo um trabalho longo e complexo, a devolução bem-sucedida dessas espécimes é motivo de celebração.

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