O impressionante achado foi feito por pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A análise do fóssil indica que pertence a um dinossauro carnívoro com cerca de 2,5 metros de comprimento.
De acordo com o paleontólogo da UFSM, Rodrigo Temp Müller, responsável pela equipe do Cappa, essa descoberta é a segunda mais completa de seu tipo no mundo e oferece muitos insights sobre a origem dos dinossauros. Entretanto, ele ressalta que ainda não é possível confirmar se este é de uma espécie conhecida ou nova, pois uma análise mais detalhada é necessária.
O paleontólogo da Universidade Regional do Cariri (URCA), Álamo Feitosa Saraiva, reitera a relevância deste fóssil para a pesquisa científica. Segundo ele, os espécimes dessa era são bastante raros, o que torna a descoberta ainda mais valiosa para entender a evolução dos dinossauros.
A região onde o fóssil foi descoberto é conhecida por suas características únicas que favorecem a preservação de rochas sedimentares. Além disso, a erosão causada pelas chuvas também contribui para a revelação desses fósseis, embora possa danificá-los concomitantemente.
Para evitar danos a esses preciosos artefatos, o Cappa monitora de perto a região, um esforço que foi intensificado durante as chuvas intensas. Entretanto, o paleontólogo Rodrigo Müller enfatiza que é provável que alguns materiais menores tenham sido perdidos para a erosão. Ainda assim, a descoberta desta peça importante do quebra-cabeças paleontológico causa entusiasmo na comunidade científica.
No contexto mais amplo, o trabalho de preservação e repatriação de fósseis brasileiros é levado muito a sério, com o paleontólogo Álamo Feitosa Saraiva se dedicando intensamente a esta causa desde 2014. Ele compartilha que no ano passado, a repatriação de dois fósseis foi crucial para o Brasil. Mesmo sendo um trabalho longo e complexo, a devolução bem-sucedida dessas espécimes é motivo de celebração.
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