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‘Falha de software inescapável pode atingir novamente’, adverte líder do CGI.br

Demi Getschko, CEO do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, alerta que falhas de software podem ocorrer 'periodicamente', embora a extensão destas possa ser reduzida

Erros de software, como o que recentemente paralisou aeronaves, sistemas bancários e até redes de televisão, são inevitáveis e estão fadados a acontecer novamente. O alerta vem de Demi Getschko, CEO do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br (NIC.br) e especialista em Internet do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Em entrevista, Getschko compartilhou que esses 'bugs', termos técnicos usados para designar erros de software, ocorrem 'de tempos em tempos' e poderiam ser aliviados com testes em ambientes controlados.

Este especialista em tecnologia, considerado um dos 'pais' da internet no Brasil, acredita que a recente falha da empresa de segurança cibernética CrowdStrike é um indicativo dos perigos inerentes à nossa dependência global de tecnologias complexas. Portanto, precisamos exercitar a prudência e talvez não acreditar na infalibilidade de sistemas que podem comprometer grandes operações.

Getschko sugere que esses sistemas de segurança cibernética precisam ser verificados em 'salas de teste' antes de serem implementados. Ele também critica a concentração do mercado de tecnologia em poucas empresas globais, pois isso amplifica o impacto de tais falhas.

Perguntado sobre por que a falha ganhou tamanha proporção, Getschko respondeu que qualquer software pode ter 'bugs' e nesse caso, a falha parece ter resultado de uma atualização mal planejada que afetou um componente central do sistema, ampliando a complexidade para corrigi-lo.

O problema mais preocupante é a necessidade de os usuários reiniciarem seus sistemas de forma segura e removerem o arquivo defeituoso manualmente. Tal situação ilustra nossa vulnerabilidade a uma dependência global de poucas empresas de tecnologia.

Em sua opinião, os sistemas necessitam de um monitoramento mais rigoroso antes de entrarem em operação. Entretanto, ele reconhece que mesmo com essas medidas, 'bugs' de software são inevitáveis e provavelmente ocorrerão novamente no futuro. A solução proposta pelo especialista é não implementar de imediato qualquer alteração e, se possível, testá-la em um ambiente controlado para minimizar os riscos.

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