O comitê independente contratado pela Americanas concluiu sua investigação e apresentou ao conselho de administração as suas constatações acerca de supostos atos fraudulentos na empresa. A existência de fraudes contábeis foi confirmada e descrita como lançamentos indevidos na conta dos fornecedores, através de contratos fictícios e operações financeiras apelidadas de 'risco sacado' entre diversas outras operações fraudulentas, de acordo com a apresentação dos resultados.
O relatório, que conta com aproximadamente 600 páginas, reflete semelhanças com o material que foi apresentado pela PF à Justiça, contudo, ele inclui um número maior de mensagens e e-mails, contribuindo para um quadro mais detalhado das informações trocadas. O relatório serviu de fundamento para os pedidos de busca e apreensão nas residências de ex-diretores da empresa.
O documento emitido pela Americanas revelou que os responsáveis pela fraude não estão mais associados à empresa, sugerindo que os infratores já não se encontram no grupo desde 2023. Diante do material apresentado pelo comitê, o conselho de administração orientou que a atual diretoria, juntamente com seus advogados, tomassem as devidas providências para informar as autoridades competentes, incluindo o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários. Além de instruir para que medidas sejam adotadas com o objetivo de exercer o direito de defesa e ressarcimento aos prejuízos causados à varejista.
Segundo informações, os sócios de referência, Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, não tiveram seus nomes mencionados no relatório, não sendo considerados participantes ou conhecedores da fraude.
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