Na data de ontem, a Polícia Federal (PF), juntamente com a Força-Tarefa Previdenciária, iniciaram uma operação para investigar crimes financeiros relacionados a benefícios previdenciários. As fraudes envolviam a falsificação de documentos públicos, abertura ilícita de contas na Caixa Econômica Federal com o objetivo principal de desviar esses benefícios.
Foram realizados sete mandados de busca e apreensão autorizados pela 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal nesta terça-feira. A PF identificou que um grupo de 11 indivíduos agia como falsos beneficiários do INSS entre os anos de 2019 e 2022.
Esse grupo criminoso criava contas fraudulentas na Caixa utilizando documentos falsos e transferiam os benefícios previdenciários para essas contas. Além disso, também realizavam empréstimos consignados a partir das contas forjadas, explorando a margem dos benefícios desviados.
Os verdadeiros beneficiários, ao perceberem a falta de depósito dos valores devidos, procuraram o INSS e descobriram que os benefícios haviam sido desviados para contas falsas. As apurações apontam que o grupo criminoso causou fraude em pelo menos 49 contas na Caixa e benefícios do INSS.
A composição da Força-Tarefa Previdenciária, que atua há 22 anos, inclui Ministério da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal, trabalhando em conjunto para combater crimes estruturados contra o sistema previdenciário.
Esta operação acontece em meio a uma preocupação do governo Lula com o crescimento nos gastos com benefícios do INSS. Após um aumento modesto de 130 mil beneficiários entre janeiro de 2019 e maio de 2022, o número de indivíduos que recebem o Benefício de Prestação Continuada aumentou em mais de 1,1 milhão nos dois últimos anos, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social.
O governo anunciou a redução orçamentária de R$ 15 bilhões do Orçamento deste ano, atribuindo o aumento de R$ 11,3 bilhões nos gastos com aposentadorias e com o BPC como principal motivo para a decisão de limitação de gastos. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, anunciou nos meses recentes que a revisão de benefícios será a estratégia utilizada pelo governo para cortar gastos e atingir a meta fiscal estabelecida.
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