Quase dois meses após o incêndio fatal que custou a vida de Zely Curvo, de 94 anos, o laudo da Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que a origem das chamas foi criminosa. O quarto onde a idosa dormia foi o ponto de início do fogo. Lauro Estevão Vaz, 64, filho da vítima, foi indiciado por feminicídio triplamente qualificado e fraude processual. A polícia pediu nova conversão da prisão temporária para preventiva de Lauro.
No caso de condenação, o homem pode pegar até 30 anos de prisão pelo crime e mais um terço pelo agravante de a vítima ser maior de 60 anos, além de outros 2 anos por fraudes processuais. Afirma-se que as filmagens analisadas evidenciaram que Lauro deixou a residência recentemente quando começaram os primeiros relatos de cheiro de fumaça. Segundo testemunhas, era comum deixar a idosa sozinha e não investia nos custos de uma cuidadora. Sua mãe era incapaz de se mover depois que teve um AVC.
Testemunhas e a polícia afirmam que, apesar de administrar a renda mensal de R$ 12 mil de sua mãe, Lauro gastava com suas despesas pessoais. Com o bloqueio deste acesso ao dinheiro neste ano, a polícia suspeita de motivação financeira para o crime.
A polícia também constatou que, depois do incêndio, Lauro retornou ao apartamento, isolado para perícia, pelo menos três vezes, removendo diversos objetos e possivelmente alterando a cena do crime.
O apartamento pegou fogo em 31 de maio, deixando Zely morta entre os escombros. Crimes de alteração de cenas de crimes podem resultar em comprometimento jurídico do suspeito, com agravamento das penas estabelecidas.
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