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Polícia Militar do DF desvenda mito: Pão de forma realmente interfere no resultado do bafômetro, mas apenas momentaneamente

Testes realizados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) comprovam que o consumo de pão de forma e mel de própolis pode alterar o resultado do bafômetro, no entanto, apenas nos primeiros minutos após a ingestão desses alimentos.

Testes conduzidos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) revelaram que os resultados do teste de bafômetro podem ser influenciados pelo consumo de pão de forma e mel de própolis. A constatação foi partilhada durante uma entrevista coletiva realizada pela PMDF, o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTRAN), o Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) e o Batalhão de Policiamento de Trânsito.

Major da PMDF, Wanderson Roldão, comandou os experimentos com os dois alimentos citados. Os resultados iniciais com o pão de forma indicaram uma marcação de 0,17 miligramas de álcool por litro de ar expelido (mg/l) no etilômetro. No entanto, um novo teste feito após três minutos mostrou que a taxa de álcool havia caído para 0,0mg/l.

No caso do mel de própolis, foi identificado um teor de álcool de 0,87 mg/l no primeiro teste. Dois minutos após, a taxa diminuiu para 0,16mg/l. O Código de Trânsito Brasileiro estipula que o motorista pode ser processado criminalmente se o resultado for igual ou superior a 0,3mg/l de álcool no organismo.

Segundo Major Roldão, não há motivos para preocupação entre os motoristas que consomem pão de forma, pois qualquer resíduo alcoólico na mucosa da boca é removido antes do teste formal. Ele sugere que se o indivíduo consumiu o alimento recentemente, pode informar ao policial, pois o próprio exame do bafômetro seria capaz de identificar isso e não resultará em penalização.

A nutricionista Gabi Nogueira explicou que o álcool que sai nos pães de forma é resultado do processo de fermentação orgânica, que ocorre para evitar a formação de mofo e proliferação de fungos, e não adicionado intencionalmente. A quantidade presente em cada alimento pode variar com relação a metabolização de chaque pessoa.

Finalmente, Roldão ressaltou que o teste de bafômetro tem uma margem de erro de até 0,04 mg/l, dentro da qual o motorista é liberado sem penalidade. Essa verificação visa identificar pessoas que estão dirigindo sob efeito de álcool, e por isso a amostra deve ser obtida de ar no pulmão, e não da mucosa boca.

O Detran-DF expõe que dirigir sob a influência de álcool, ou recusar a submissão a testes, além de serem infrações gravíssimas, geram sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 2.934,70.

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