Alexandre Ramagem, delegado federal, compareceu à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (17). Ele foi convocado para depor sobre as alegações de uso impróprio da Abin, uma agência que dirigiu de 2019 a 2022 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Abin, o serviço de inteligência civil do Brasil, está ligada diretamente ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Há suspeitas de que a agência tenha sido usada ilegalmente para espionar autoridades e adversários políticos durante o governo Bolsonaro, que também é objeto de investigação.
Este depoimento ocorre dois dias após o STF anular o sigilo de uma gravação feita pelo delegado Ramagem em uma reunião com o então presidente Bolsonaro e o ministro GSI, Augusto Heleno, em agosto de 2020. O conteúdo do áudio sugere que a gravação foi feita sem o conhecimento dos demais participantes, embora Ramagem tenha afirmado que o ex-presidente estava ciente da gravação.
Advogadas do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, também estavam presentes na reunião. As gravações indicam que a investigação sobre o senador por suspeita de 'rachadinha' foi discutida. Ramagem, que é pré-candidato pelo PL à prefeitura do Rio de Janeiro e que recebeu apoio de Bolsonaro, compareceu ao lado do ex-presidente em um vídeo divulgado nas mídias sociais, convocando agendas públicas a serem realizadas em Brasília nos próximos dias.
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