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Seca alarmante: Acre declara emergência ambiental

Emergência ambiental decretada em todas as 22 cidades do estado do Acre devido à grave estiagem. Os cidadãos enfrentam severa falta de chuvas, alta temperatura, baixa umidade do ar e risco de incêndios.

O Rio Acre marcou uma cota crítica de 1,54 metro nesta quarta-feira (24), conforme apontado pelo Serviço Geológico Brasileiro (SGB) pela manhã. Esta situação, relatada em Rio Branco, representa uma queda de dois centímetros em relação à terça-feira (23), com o nível do rio se aproximando do recorde negativo de 1,25 metro alcançado em setembro de 2022.. Em todo o estado do Acre, sete cidades já declararam emergência devido à prolongada seca.

A cidade de Rio Branco declarou estado de emergência em 28 de junho devido ao declínio do nível do Rio Acre e à ausência de chuvas. A situação atual tem afetado o fornecimento de água potável na capital. Diariamente, mais de 200 mil litros de água são distribuídos pela prefeitura para 32 comunidades da cidade.

Em 11 de julho, a cidade de Jordão também declarou estado de emergência devido ao baixo nível dos Rios Jordão e Tarauacá. A cidade tem encontrado dificuldades para garantir o abastecimento de água, pois o nível do Igarapé São João, que fornece quase toda a água da cidade, atingiu uma situação crítica.

Recentemente, as cidades de Feijó, Epitaciolândia e Bujari também decretaram estado de emergência devido à seca nos Igarapés, afetando não apenas o Rio Acre, mas também os Rios Purus, Juruá, Tarauacá, Envira e Iaco.

A persistente seca tem causado problemas econômicos e sociais significativos para a população da cidade de Bujari. A necessidade de atender às necessidades básicas dos cidadãos também foi apontada no decreto. Na cidade de Epitaciolândia, que faz fronteira com a Bolívia, aproximadamente 18 mil habitantes sofrem com a escassez de água.

A cidade de Feijó enfrenta problemas relacionados ao desabastecimento de água. Além disso, o decreto adverte que o baixo nível dos rios e igarapés pode levar ao isolamento de comunidades ribeirinhas e indígenas devido à impossibilidade de navegar nos mananciais. Isso resulta em diversos problemas de abastecimento de alimentos e outros produtos essenciais para a população.

Na quarta-feira, os decretos de emergência foram publicados no Diário Oficial do Estado do Acre para os municípios de Cruzeiro do Sul e Porto Walter, com prazos de 180 e 190 dias, respectivamente.

A seca prolongada em Porto Walter tem criado sérios problemas para a navegação no Rio Juruá e seus afluentes, impactando quase onze mil pessoas, incluindo comunidades indígenas e ribeirinhas. Além disso, a cidade está sofrendo com incêndios na área verde do aeródromo, comprometendo os voos, pois as nuvens de fumaça podem obstruir as rotas aéreas.

Em Cruzeiro do Sul, a combinação de estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade do ar e ventos intensos tem propiciado a ocorrência de incêndios florestais. Isso tem aumentado os níveis de monóxido de carbono e partículas no ar, causando riscos à saúde da população.

Devido à grave falta de chuva, baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e alto risco de incêndios, o governo do Acre declarou situação de emergência ambiental nos 22 municípios do estado, válido até o final do ano. Adicionalmente, um gabinete de crise foi estabelecido para gerir a situação. Este gabinete tem a responsabilidade de implementar medidas para reduzir a situação de seca no estado e seus impactos sobre a população.

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