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Segundo Bolsonaro, não há voto secreto na Venezuela e Maduro tem a vitória garantida

Ex-líder do Brasil alega, sem provas, que os cidadãos venezuelanos são forçados a sair de suas casas para votar, com a ameaça de não receberem uma cesta básica: caso contrário. Acrescenta que o Brasil enviou o 'nano-diplomata' Celso Amorim para contestar a legitimidade das eleições.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) propagou nesta sábado (27.jul.2024) por meio do WhatsApp sua visão de que na Venezuela, não existe voto secreto e sem qualquer fundamento, alegou que os cidadãos do país, governado por Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela), são pressionados a votar, sob risco de não receberem uma cesta básica.

Bolsonaro se referiu ao assessor especial da Presidência, Celso Amorim, que foi enviado à Venezuela para supervisionar as eleições, como um 'nano-diplomata'. A eleição ocorrerá neste domingo (28.jul).

O ex-presidente também fez a alegação, sem fornecer provas, de que 'milícias batem à porta das casas dos eleitores e os conduzem às seções eleitorais' e 'em muitas seções existem um cabo que liga a urna aos mesários, que são escolhidos pelo governo'.

Maduro, no entanto, defende que o 'Carnet de la Pátria', um cartão similar ao Bolsa Família no Brasil, foi criado para facilitar a identificação socioeconômica da população e agilizar programas sociais. Os portadores desse cartão também têm acesso a benefícios financeiros, como subsídios para gasolina e óleo de motor.

Uma investigação de 2018 da Reuters revelou o uso de tecnologia chinesa para rastrear, recompensar e punir cidadãos venezuelanos através deste cartão. Maduro usaria o sistema para monitorar quem votou no país, mas a base de dados não revela em quem foi o voto, de acordo com pessoas familiarizadas com o sistema.

A Lei Orgânica do Sufrágio e Participação Política da Venezuela afirma: 'O voto é secreto e o eleitor deve ser protegido de qualquer coação ou suborno, excluindo a possibilidade de ser obrigado a comprovar sua escolha no momento da votação'. Conforme informa o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral no Brasil, os votos são armazenados em bases de dados criptografadas.

Bolsonaro também comentou sobre a relação entre Maduro e o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que vem de longa data. Apesar das recentes declarações de Maduro sobre a possibilidade de um 'banho de sangue', caso ele perca o pleito, Lula se declarou assustado e a relação entre os dois pareceu se enfraquecer.

Maduro criticou o sistema de votos do Brasil, chamando-o de 'inauditável', o que levou o TSE a renunciar ao envio de dois observadores para acompanhar a eleição presidencial. Bolsonaro, por outro lado, acredita que Maduro e Lula são inseparáveis e que buscam juntos o socialismo para toda a América do Sul.

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