No final do primeiro dia da 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu algumas dicas sobre o que esperar da declaração final no que se refere à taxação global. Segundo ele, haverá os devidos reconhecimentos sobre a necessidade de discussões aprofundadas sobre a taxação dos super-ricos.
Esta proposta, apoiada pelo Brasil, recebeu atenção e aplausos em seu formato na declaração final. "Ficamos extremamente satisfeitos com o apoio que foi recebido pelo Brasil. Todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta como uma proposta que merece a atenção devida", afirmou Haddad.
Apesar das resistências expressadas por alguns, como a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, a luta por um sistema tributário mais progressivo em nível global segue em pauta. Haddad destacou a importância de uma coordenação global para evitar guerras fiscais entre os países e acredita que a inclusão da proposta brasileira na declaração final é um marco significativo que dá esperança para um consenso futuro.
O ministro enfatizou a questão ética na política e a busca por justiça como ingredientes fundamentais na mudança tributária. Ele entende que os desafios globais emergentes, como a desigualdade, a fome e as questões climáticas, exigirão soluções rápidas e inovadoras. Segundo Haddad, "Nós estamos procurando nos antecipar já começando a elaborar instrumentos de financiamento que possam servir no momento em que a necessidade se fizer notar".
O Brasil assumiu a presidência do G20 em dezembro do ano passado, sucedendo a Índia. É a primeira vez que o país lidera este grupo no formato atual, que foi estabelecido em 2008. No final deste ano, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula do G20, e a presidência do grupo será transferida para a África do Sul.
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