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‘Tomem chá de camomila’, responde Maduro a afirmações de Lula

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, responde à preocupação expressada por Lula sobre suas declarações anteriores sobre o possível 'banho de sangue' se ele perder as eleições.

Após o presidente Lula expressar preocupação com as declarações do presidente venezuelano Nicolás Maduro, este último respondeu na terça-feira, 23, dizendo 'quem se assustou que tome um chá de camomila.' O presidente Lula havia se sentido assustado com as declarações de Maduro sobre um possível 'banho de sangue' caso ele não saísse vitorioso nas eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o próximo domingo, 28.

Em uma entrevista a agências internacionais, Lula disse: 'Fiquei assustado com a declaração de Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue', acrescentando que 'Maduro tem que aprender: quando você ganha, fica, quando perde, vai embora. Se prepara para disputar outra eleição.'

Maduro, em sua resposta, não mencionou Lula, mas ressaltou que sua fala anterior sobre o 'banho de sangue' não era uma mentira, mas sim uma 'reflexão'. Ele declarou: 'Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita.'

O presidente Maduro explicou que sua declaração anterior referia-se ao Caracaço, um levante popular em 1989 que resultou em centenas de mortes e marcou um ponto de virada na política, levando ao aumento da popularidade de Hugo Chávez.

Maduro, que busca seu terceiro mandato e enfrenta nove outros candidatos, está em desvantagem nas pesquisas em relação ao principal concorrente, Edmund González. Em um discurso em Caracas, Maduro alertou que a Venezuela passaria por uma 'guerra civil fratricida' caso ele não fosse eleito.

O clima pré-eleitoral na Venezuela é de intensa repressão política. Como já foi denunciado várias vezes, desde o início da campanha eleitoral, o governo venezuelano tem tomado medidas antidemocráticas como prisões e proibições de candidatos de líderes da oposição.

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