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TSE defende veracidade das urnas brasileiras após afronta de Maduro

Em resposta às críticas do presidente venezuelano Nicolás Maduro sobre a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro, o Tribunal Superior Eleitoral afirma que as urnas do país são 'comprovadamente transparentes e auditáveis'.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (24), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assegurou que a urna eletrônica brasileira é 'comprovadamente transparente e auditável'. O comunicado veio como resposta às declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que ao buscar reeleição, questionou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, colombiano e norte-americano.

Durante seu discurso, Maduro afirmou que a Venezuela tem 'o melhor sistema eleitoral do mundo' e que 16 auditorias seriam realizadas até o dia da eleição, que será neste domingo, 28. Ele ainda criticou os sistemas eleitorais de outros países, incluindo o Brasil. 'Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não auditam nenhuma cédula. Na Colômbia? Não auditam nenhuma cédula', questionou.

As declarações de Maduro surgem em meio ao aumento da instabilidade política na Venezuela, onde o candidato de oposição, Edmundo González, lidera as pesquisas de intenção de voto com 60%, de acordo com o Centro de Estudos Políticos e de Governo, vinculado à ACAB, em parceria com o Instituto Delphos. Enquanto isso, Maduro aparece com apenas 24,6% das intenções de voto.

O TSE anunciou que enviará dois técnicos para observar as eleições na Venezuela, que serão acompanhados por Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais. Maduro enfrentará outros nove candidatos na disputa, excluindo a líder da oposição, María Corina Machado, que teve sua candidatura impedida pelo governo em junho do último ano.

Madura deu uma declaração polêmica na última quarta-feira, alertando que se não vencesse as eleições, o país poderia enfrentar um 'banho de sangue' e uma 'guerra civil fratricida'. Essa afirmação gerou repercussões negativas em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou na última segunda-feira (22) seu desconforto com a declaração e afirmou: 'Maduro precisa aprender que quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora'.

O presidente venezuelano, sem mencionar Lula diretamente, rebateu as preocupações e sugeriu que 'quem se assustou que tome um chá de camomila'. Ele ainda reforçou que não mentiu ao falar sobre o 'banho de sangue' e que sua declaração foi simplesmente uma 'reflexão'. 'Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita', concluiu.

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