O governo brasileiro, por meio de um comunicado oficial do Itamaraty, condenou com veemência o mais recente ataque aéreo de Israel a uma escola na Faixa de Gaza, que servia de refúgio para pessoas deslocadas. O ataque ocorreu no sábado, e foi executado pelas forças armadas israelenses.
O atentado desmedido atingiu o território civil da cidade de Al-Tabin, na Faixa de Gaza, deixando um saldo lastimável de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças. “O Brasil expressa profunda solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Estado da Palestina”, afirmou o comunicado, divulgado no sábado à noite.
O Itamaraty, ao emitir a sua condenação no mais alto nível diplomático, lembrou que o direito internacional humanitário exige que Israel aja de acordo com o princípio da proporcionalidade, adotando medidas para garantir a proteção da população civil nos territórios ocupados.
As autoridades brasileiras destacaram que a recorrente violação deste princípio tem sido uma constante nas operações militares conduzidas por Israel na Faixa de Gaza nos últimos dez meses.
O Brasil expressou ainda o seu lamento pelo fato de o governo israelense continuar a adotar medidas que acirram o conflito e impedem que os povos da região possam alcançar a paz. Isso ocorre mesmo diante das negociações para um acordo que garanta um cessar-fogo, a libertação de reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas e a garantia de acesso total à ajuda humanitária em Gaza.
No comunicado, o Brasil fez um apelo para que as partes envolvidas no conflito implementem com urgência e integralmente o plano de cessar-fogo. Este plano foi aprovado pela Resolução 2735, de 2024, do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de pacificar a região.
A resolução da ONU prioriza o uso do diálogo e da diplomacia na busca de soluções justas e duradouras para o conflito na Faixa de Gaza, posição esta que o Brasil tem defendido desde o início do conflito, em outubro de 2023.
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