O partido Republicanos anunciou, na última segunda-feira (5), seu apoio à candidatura de Alexandre Ramagem (PL) para prefeito do Rio de Janeiro. O que surpreendeu muitos foi a união de adversários políticos do passado em prol do mesmo objetivo.
Entre eles, estão o ex-deputado federal Eduardo Cunha e o ex-governador Anthony Garotinho. Ambos fizeram discursos na convenção que confirmaram a candidatura de Ramagem. Cunha pediu que a campanha fosse marcada por críticas ao atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que busca a reeleição e está liderando a disputa.
De fato, Cunha chegou a alertar que Paes pode abandonar a prefeitura do Rio no início de 2026 para se candidatar ao governo do estado. 'Quem está votando no Eduardo Paes está votando no vice. É isso que teremos que levar para a campanha inteira', disse o ex-presidente da Câmara.
Garotinho, por sua vez, chamou atenção para a necessidade de união dentro do partido. 'Aqui é um pelo outro. Não é um contra o outro', disse o ex-governador. Ele é candidato a vereador no Rio de Janeiro.
Alexandre Ramagem, que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio, também recebeu o apoio de Kaio Brazão, filho do ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão. Este último é principal suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e está preso desde março.
Kaio Brazão, considerado o principal herdeiro político da família Brazão no Rio, também é candidato a vereador. Ele ignorou a imagem negativa que seu sobrenome poderia trazer para a campanha e disse que deseja 'dar continuidade ao mandato da família Brazão', se referindo também a Chiquinho Brazão, deputado federal que também está preso, acusado de ser o mandante da morte de Marielle.
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