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Cultura Brasileira em Luto: Cinema Nacional Sofre Perda Imensurável da Atriz Mallú Moraes

A Capital Federal enfrenta grande pesar com a perda da renomada atriz e produtora que impactou a cena cultural da cidade por mais de cinco décadas. Professora da UnB, Mallú contribuiu com diversos filmes e foi também uma grande defensora da sétima arte brasileira.

A perda de uma guerreira e exemplar profissional, assim será lembrada a atriz e produtora Mallú Moraes, que faleceu aos 78 anos. 'Mallú foi extremamente ativa e participativa na vida cultural da cidade. Participou comigo de incontáveis festivais de cinema, onde discutíamos os filmes. Juntamente com o cineasta Geraldo Moraes, seu ex-marido (falecido em 2017), ela atuou em diversos filmes e com ele criou seus filhos, Bruno Torres e André Moraes', contou o professor aposentado João Antônio do Instituto de Artes.

Mallú foi diagnosticada com Alzheimer quase cinco anos antes de sua morte. Após fraturar o fêmur, e sofrer de anemia e pneumonia, acabou sucumbindo à sepse (infecção generalizada), após quase duas semanas de hospitalização. Seu filho, o cineasta e ator Bruno Fatumbi Torres, relembra: 'Do legado, levo como filho, uma energia monumental. Carrego o cuidado com a ancestralidade'. O enterro será nesta sexta-feira (8/8) à tarde no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.

Mallú nasceu em Goiânia e estabeleceu sua carreira nas artes na capital federal, Brasília. Foi uma grande colaboradora de seu ex-marido, Geraldo Moraes e uma participante ativa da fundação da Associação de Produtores de Longa-Metragem (Aprocine). Como professora da Universidade de Brasília (UnB), Mallú foi uma grande amiga, ensejante companheira de filmagem e eterna colega incansável, segundo o ator João Antônio. A atriz e produtora também se destacou como cantora, emprestando sua voz em diversas músicas ao longo de sua brilhante carreira.

'A partida de Mallú deixará uma lacuna incalculável. Ela e Gerardo realmente fizeram história. Mallú sempre ofereceu um grande apoio ao trabalho do Geraldo', comenta o professor e amigo Vladimir Carvalho. Sua incansável luta pelo cinema brasileiro, exemplificada por sua atuação no Centro de Produção Cultural e Educativa (UnB) e contribuição para o Cine PE, será sempre lembrada e reverenciada.

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