No Supremo Tribunal Federal (STF), durante o segundo dia de audiência de instrução e julgamento sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, apenas o delegado da Polícia Federal Guilhermo Catramby, que lidera a inquérito, prestou depoimento como testemunha. Nesse contexto, Catramby alegou que Giniton Lages, responsável inicial pela apuração do caso, sabia quem era o assassino de Marielle antes mesmo de uma suposta ligação anônima para a delegacia, no dia 15 de outubro de 2018.
Esse denunciante anônimo, de modo raro, fez uma ligação para a DHC apontando o ex-policial militar Ronnie Lessa e um bombeiro, cujo nome não foi mencionado. De acordo com Catramby, ao tomar conhecimento da denúncia, Giniton já teria solicitado ao Núcleo de Investigação Policial (NIP) informações sobre Lessa e o ex-bombeiro Maxwell Simões, mesmo que o nome deste último não fosse mencionado na denúncia.
Outra prova de que o delegado já estava ciente é o fato de Marcos Amim, Secretário de Polícia Civil, ter tentado falar com Giniton sobre Lessa, mas ter sido ignorado.
Após quase seis horas respondendo a perguntas da Procuradoria-Geral da República e dos advogados de defesa e acusação, Catramby deve voltar à sessão hoje para ser questionado pelas defesas dos irmãos Domingos e Francisco Brazão — conselheiro e deputado federal acusados do crime — e do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil.
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