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Estratégia de Bolsonaro: Silêncio acerca das polêmicas sobre Alexandre de Moraes

Ex-presidente é foco de investigações no STF, lideradas pelo ministro Moraes.

Bolsonaro, ex-presidente, é aconselhado por assessores e advogados a não dar declarações ou fazer postagens sobre o caso envolvendo mensagens trocadas entre assistentes de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes ao inquérito das fake news.

As mensagens, reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo, mostram que os assistentes do ministro solicitaram informalmente a elaboração de relatórios de investigação do TSE para fundamentar as investigações em andamento contra apoiadores de Bolsonaro. Posteriormente, esses relatórios eram apresentados nos processos como se tivessem sido enviados espontaneamente ao ministro ou originados de denúncias anônimas.

Com a divulgação desse caso, aliados bolsonaristas no Senado iniciaram uma campanha para adicionar mais um pedido de impeachment aos 22 existentes. Eduardo Girão (Novo-CE) está procurando apoio de outros parlamentares, enquanto Damares Alves (Republicanos-DF) solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que investigue os assistentes de Moraes.

Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador, acusou Moraes de 'criar crimes contra adversários políticos' e de cometer um 'atentado à democracia'. Entretanto, aliados de Bolsonaro temem que, se ele fizer qualquer comentário público, vá 'bolsonarizar' as críticas a Moraes, o que poderia prejudicar ainda mais a repercussão negativa do episódio fora do círculo da direita.

Ministros do governo Lula e parlamentares de sua base já manifestaram publicamente apoio a Moraes, mesmo que algumas opiniões públicas sejam críticas a ele.

O silêncio de Bolsonaro também é influenciado pelo risco de complicar sua situação nos inquéritos das fake news e do suposto golpe, segundo seus estrategistas. Policiais federais envolvidos neste último inquérito, que investiga o alegado plano de reverter o resultado da eleição presidencial de 2022 e impedir a posse de Lula em 2023, indicam que o relatório final deve ser divulgado até setembro e Bolsonaro provavelmente será indiciado.

Bolsonaro já foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito relativo a joias sauditas. O caso está sendo examinado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai decidir se denuncia ou não Bolsonaro por crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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