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Fiocruz alerta para aumento das hospitalizações de idosos por covid

Um crescente número de idosos está sendo hospitalizado devido à síndrome respiratória aguda (Srag) causada pela covid, conforme relatório mais recente da Fiocruz. Aumentos significativos foram notados em Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz revelou uma crescente tendência de hospitalizações entre idosos causadas pela síndrome respiratória aguda (Srag) do vírus da covid. Os estados mais afetados por esse aumento nos últimos relatórios foram Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Apesar de não haver um aumento na taxa de internações entre idosos em alguns estados do Nordeste, como Ceará, Pernambuco e Piauí, a grande parte dos casos que resultaram em internações nas últimas semanas foram devido à covid.

A nível global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a porcentagem de casos positivos para a covid tem registrado aumento em 84 países nas últimas semanas. De acordo com a pesquisadora do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, 'a região com maior atividade do vírus é a Europa, seguida pelas Américas'.

No público infantil, o vírus sincicial respiratório (VSR) continua sendo a causa principal de internações e mortes, embora apresente queda nas últimas semanas. Outro vírus respiratório que tem se destacado na incidência de SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus.

O VSR é o agente causador principal de bronquiolite, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa em bebês. Os sintomas principais são tosse e falta de ar. Geralmente, os casos são leves, mas podem levar a internações hospitalares.

Em âmbito nacional, o boletim informa que a tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) é de queda em hospitalizações por Srag. Porém, três das 27 unidades federativas registraram crescimento de Srag na tendência de longo prazo: Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Em 2024, houve 108.657 notificações de casos de Srag. Dessas, 53.065 (48,8%) foram positivas, 42.247 (38,9%) negativas e 7.348 (6,8%) ainda aguardam confirmação laboratorial. Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, a prevalência entre os casos positivos foi de Influenza A (20,4%), Influenza B (1,3%), VSR (30,3%) e Sars-CoV-2 (14,3%). Já quanto aos óbitos por Srag, a prevalência foi: Influenza A (38%), Covid-19 (31,2%), VSR (10%) e Influenza B (1,2%).

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