O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma apresentação no 2º Warren Day, organizado pela corretora Warren Investimentos em São Paulo, refutou as alegações de que o governo Lula está aumentando a carga tributária. Ele enfatizou que o governo não está aumentando ou criando novos impostos, mas apenas em cumprimento com o que foi determinado pela Emenda Constitucional 103.
As decisões econômicas do governo, incluindo o Ministro Haddad, têm sido objeto de piadas em redes sociais, onde os usuários frequentemente associam os ajustes na economia à alta de impostos.
Haddad também mencionou que o governo enfrenta um “desafio” em encontrar formas de compensar a prorrogação da desoneração da folha e do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), ações que foram aprovadas pelo Congresso Nacional. Ele disse que o governo está apenas auxiliando o Congresso a cumprir a determinação feita pelo Supremo Tribunal Federal.
Em relação aos setores econômicos, o governo federal estima que o impacto da desoneração da folha será de R$ 26,3 bilhões em 2024. Este número é a soma das renúncias a 17 setores da economia e aos municípios. A equipe econômica ainda está em busca de uma maneira de compensar esses valores.
Além disso, Haddad se mostrou otimista sobre a perspectiva econômica atual, baseada em notas recentes de agências de risco internacionais. Ele afirmou: 'Estamos no bom caminho de recuperar as finanças públicas. [Estamos] no caminho certo, caminho correto, reconhecido por 3 agências de risco no último ano'.
Em 2023, tanto a Fitch quanto a S&P (Standard & Poor’s) elevaram a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. Apesar disso, o país ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir o grau de investimento, que requer pelo menos duas subidas de nota.
Já a Moody’s manteve a nota de crédito brasileira em Ba2, mas alterou sua perspectiva de 'estável' para 'positiva'. No entanto, a agência fez a ressalva de que a economia brasileira ainda tem 'solidez fiscal fraca' e é 'sensível' devido ao alto endividamento do país e à capacidade limitada para pagar seus débitos.
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