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Jóias Sauditas: O produtor-geral Paulo Gonet terá a palavra final sobre Bolsonaro

O procurador-geral da República recebeu o relatório da Polícia Federal e terá de decidir se indiciará os envolvidos no polêmico caso de venda de jóias e relógios dados ao ex-presidente Bolsonaro.

O destino da investigação sobre o suposto esquema de venda de jóias durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) agora está nas mãos do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O procurador-geral recebeu recentemente um relatório da Polícia Federal que indiciou 12 pessoas, incluindo o próprio Bolsonaro, e agora precisará decidir se irá acusar os envolvidos no caso.

O indiciamento oficializado pela PF em julho atribui a Bolsonaro e seus 11 aliados crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A PF acredita que as jóias do governo brasileiro foram desviados durante a gestão Bolsonaro, num esquema que pode ter acumulado cerca de R$ 6,8 milhões. O ex-presidente, por sua vez, insistiu em negar seu envolvimento, dizendo que jamais ordenou a venda das jóias e que nunca fez nada ilegal.

Isso inclui alegações de que Bolsonaro pode ter contrabandeado jóias para o exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB. A autorização para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes como parte da investigação.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi apontada como destinatária dos conjuntos de jóias da Arábia Saudita. No entanto, as evidências de sua participação nos atos ilícitos não foram encontradas pela PF e ela não foi indiciada.

O ex-presidente Bolsonaro encara essa controvérsia enquanto um outro inquérito, sobre o uso da Agência Brasileira de Inteligência para espionagem ilegal, também paira sobre ele. Ambos os casos têm o potencial de gerar ainda mais problemas legais para o ex-presidente, de acordo com o analista político Melillo Dinis.

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