O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que o Brasil já saiu do 'apagão diplomático' a que foi submetido pelo governo anterior. Na sua visita ao Chile em 5 de agosto, falou sobre o seu desejo de aprofundar as relações entre os dois países, no seu discurso conjunto com o presidente chileno, Gabriel Boric.
Embora não tenha mencionado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula criticou sua gestão, falando em 'retrocessos' e 'negacionismo' em várias áreas, incluindo meio ambiente, política social e externa.
"O Brasil saiu do apagão diplomático ao qual se submeteu de 2018 a 2022. O Brasil não tinha relações com ninguém e tratava de ofender aliados. Ficou totalmente isolado. Ninguém queria visitar o Brasil, e ninguém queria receber o presidente do Brasil", disse Lula, durante seu discurso no Palácio de La Moneda, em Santiago.
Ele afirmou que seu objetivo quando assumiu a presidência novamente foi de reforçar a integração entre os países sul-americanos, incluindo o fortalecimento de blocos como o Mercosul e a Unasul. Lula fez um apelo pela união dizendo: "Nós não podemos continuar de costas uns pros outros. Nós temos que estudar, pesquisar, garimpar, cada coisa que nós podemos fazer juntos". O presidente classificou a relação com o Chile como uma 'amizade sem limites'.
Lula e Boric tiveram um encontro particular pela manhã, além de um encontro com os ministros dos dois países. Posteriormente, participaram da assinatura de acordos de cooperação e troca de condecorações.
O presidente declarou que deseja expandir a relação com o Chile - atualmente, os países têm mais de 90 acordos em vigor, além dos que foram assinados naquele dia. Lula disse: "Nunca mais a relação Brasil e Chile será como foi antes. Ela tem que melhorar em todos os campos, sobretudo na política". Ao final, ressaltou que alegará, ao regressar ao Brasil, que começou 'uma nova era' na relação com o Chile.
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