O atual presidente do brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou a importância da integração entre os países da América do Sul para fomentar o desenvolvimento regional e atrair poderosos parceiros comerciais além do nosso continente, tendo a China como exemplo. Ele considera que o Brasil pode ser líder nesse movimento, ressaltando que esse objetivo não possui caráter imperialista.
Lula afirmou: 'No mesmo espírito de diminuir as desigualdades internas, nós vamos cuidar fortemente da integração. Estou convencido de que temos que persuadir os países vizinhos de que, sem união, não deixaremos de ser pequenos. Unidos, podemos realizar muito.'
Ele também destacou a necessidade do Brasil agir com sabedoria e humildade para evitar desconfianças. Lula sempre defendeu a melhoria das relações em blocos regionais, como a União das Nações sul-americanas (Unasul) e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Este ano, o presidente chinês, Xi Jinping, irá se reunir com Lula, no Brasil, para marcar os 50 anos de relações diplomáticas entre os países. Durante essa reunião, espera-se discutir uma possível parceria estratégica de longo prazo com a nação asiática. Além disso, Lula mencionou sua visita ao Peru para participar da reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), onde a China planeja debater rotas comerciais com a América Latina.
'Precisamos nos tornar uma economia mais poderosa do que nunca e devemos buscar parceiros. Quando falo da China, isso não significa que quero confrontar os Estados Unidos. Pelo contrário, quero os Estados Unidos ao nosso lado tanto quanto desejo a China. Preciso saber qual será nossa posição e quem serão nossos parceiros. O Brasil precisa se valorizar e só conseguirá isso se tivermos um plano claramente traçado', declarou o presidente, lembrando que a China é o maior parceiro comercial do Brasil há 15 anos.
Lula marcou presença na abertura do fórum 'Um Projeto de Brasil', para celebrar seus 30 anos. O evento reuniu, em Brasília, líderes das esferas pública e privada para discutir a integração nacional e sul-americana, além de propostas para uma transição energética equilibrada e inclusiva.
O presidente ressaltou a necessidade de uma integração regional aprofundada, fundamentada no trabalho qualificado e na produção de ciência, tecnologia e inovação para a geração de emprego e renda. Na visão de Lula, o Estado deve agir como um planejador e incentivador do desenvolvimento ao invés de ser máximo ou mínimo.
Por fim, Lula comentou sobre o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) brasileiro, política orientadora do governo atual baseada na colaboração com estados e municípios. Ele ainda destacou os esforços do Brasil para estreitar laços com Argentina, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname, além de mencionar o projeto de rotas físicas de integração com países vizinhos.
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