O chefe de estado francês, Emmanuel Macron, anunciou seu respaldo à posição do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao desfecho das eleições na Venezuela.
'Com o presidente Lula, apoiamos o desejo do povo venezuelano por uma eleição transparente. Este pedido está no coração de qualquer democracia', afirmou Macron.
Antes de publicar sua posição, Macron conversou por telefone com Lula. De acordo com informações do Itamaraty, o líder francês louvou a atitude do Brasil ao emitir um comunicado conjunto com a Colômbia e o México na semana passada, no qual os três países solicitaram a apresentação das atas eleitorais.
Macron também 'elogiou a postura do Brasil de incentivar o diálogo entre o governo e a oposição venezuelana', conforme afirmou o Itamaraty.
Além da declaração conjunta com Colômbia e México, Lula cobrou publicamente a divulgação das atas eleitorais pelo governo venezuelano. Esses documentos que registram votos e o desfecho em cada local de votação ainda não foram oficialmente liberados por Caracas.
A oposição venezuelana alega que o candidato opositor Edmundo González foi o vencedor, com base na contagem das atas eleitorais. Os EUA reconheceram a vitória de González. No sábado (3), uma apuração independente feita pela agência de notícias Associated Press (AP) indicou que o candidato da oposição ganhou a eleição, com uma diferença de 500 mil votos.
A Venezuela realizou eleições na semana passada e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, proclamou o triunfo de Maduro, apesar do não divulgar as atas e compartilhar a contagem oficial de votos. O CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alegou atraso no sistema de contagem de votos devido a um ataque cibernético.
A oposição declarou ter acessado mais de 80% das atas através de representantes presentes na maioria dos locais de votação, e criou um site onde disponibilizou todos os documentos.
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